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Aluna flagrada ao consumir droga em escola de Parintins divide opinião pública

Da Redação | Parintins 24 Horas

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O vídeo de uma estudante, menor de idade, da Escola Estadual Senador João Bosco ‘cheirando’ pó, possivelmente de pasta base de cocaína, chocou Parintins e internautas, nas redes sociais, nesta quarta-feira, 09 de outubro. Ao tomar conhecimento do caso, a gestão do educandário acionou a família da aluna, o Conselho Tutelar e o Poder Judiciário.

O gestor Sávio Augusto Araújo Borges informou que irá reunir o conselho escolar para tratar sobre o assunto. A conselheira tutelar Ivanez Oliveira esteve na Escola Estadual Senador João Bosco e fez os procedimentos, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O Conselho Tutelar atua na identificação dos familiares e encaminha o caso ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM).

A Coordenadoria Regional de Educação de Parintins (Crep), da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de Ensino (Seduc), apura o caso e toma providências. Diante da gravidade do fato, já encaminhou o caso ao setor psicossocial da Crep, Conselho Tutelar e Comissariado de Menores. “Para que a aluna e os seus responsáveis possam prestar esclarecimentos, receberem atendimentos e/ou punições cabíveis”, esclarece.

Sargento Gildo Assis, coordenador do Proerd, realiza palestras antidrogas nas escolas públicas de Parintins

Opinião

O coordenador do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), Sargento Gildo Assis, declarou taxativamente “com relação à aluna flagrada ao consumir droga numa sala de aula, todos somos culpados. Somos todos partícipes na construção do que hoje temos. Construímos as coisas boas e, muitas vezes, nos omitimos quando o mal crescia”.

Ainda de acordo com o policial militar, “quase que a totalidade dos que arremessam impropérios contra essa moça nunca moveram uma palha em favor de uma realidade melhor”. O sargento da PM é responsável por executar as ações do Proerd nas escolas públicas de Parintins desde a década de 2000 e testemunhou o avanço das drogas entre os adolescentes.

Lorena Oliveira diz que a educação cabe aos pais. “O melhor que eu faço com meu filho é dialogando quando ele chega em casa com uma borracha, lápis, apontador, que não é seu. A construção da personalidade de uma pessoa vem de casa. A família é a base de tudo. Não posso ser culpada pela atitude de outras mães e pais que não acompanham a vida dos seus filhos desde as primeiras silabas aprendidas na escola”, afirma.

Ely Costa entende que a família é maior culpada do aumento do uso de drogas entre os adolescentes. “Pura realidade. Nós somos transmissores de conhecimento. A educação vem do lar. Em muitos casos, nós somos psicólogos e muito mais na vida de uma criança. Fazemos de tudo para orientá-los, crescerem com dignidade e serem, no futuro, excelentes profissionais ou representantes da sociedade”, comenta.

Marlon Silva defende que é preciso ouvir o pai e a mãe da estudante flagrada com droga na escola. “Eles, sim, sabem de quem é a culpa. Nossa educação está cada vez mais em decadência. Não existe respeito como antes. Eu não vi ninguém obrigando ela (garota) a usar droga. Nos dias de hoje, os jovens estão conhecendo as drogas e álcool cada vez mais cedo. Uma realidade nua e crua. A mudança começa em cada um de nós”, desabafa.

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