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Ao governo Bolsonaro, Wilson Lima pede permanência da Força Nacional de Segurança no Amazonas

Em encontro com a presença de 23 chefes de Estado, em Brasília, nesta quarta-feira, 13/12, o governador eleito Wilson Lima requisitou a permanência do efetivo de 65 homens da Força Nacional de Segurança, no Amazonas, em 2019. As tropas federais foram enviadas logo após o massacre de cinquenta e quatro detentos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em janeiro de 2017.
Durante o Fórum dos Governadores, na sede do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o futuro secretário nacional de Segurança Pública, General Guilherme Theóphilo, garantiu a continuidade da tropa no Estado, que  atualmente, presta serviços no entorno dos presídios e na região de fronteira. Essa foi segunda reunião, em Brasília, depois das eleições de outubro.
O futuro secretário de Segurança Pública do Amazonas, Coronel Louismar Bonates, que acompanhou o governador eleito, endossou o pedido em caráter de urgência. “Nós vimos a necessidade, já que o atual governo ainda não oficializou junto ao governo federal o pedido de permanência dos homens da força nacional. E fizemos o pedido pessoalmente. O efetivo é fundamental para manutenção da ordem, principalmente no entorno dos presídios”, afirmou Bonates.
Investir nos sistemas de monitoramento e inteligência da região de fronteira do Amazonas com o Peru, Venezuela e a Colômbia para combater o tráfico de drogas e outros crimes, assim como melhorar o sistema prisional do Estado serão prioridades do governo do Amazonas, a partir de 2019. Para estes investimentos o Amazonas, maior estado brasileiro em extensão territorial, precisará de atenção especial e parceria direta com o Governo Federal.
Wilson Lima acenou para a necessidade desse fortalecimento nas relações institucionais, no Fórum de Governadores. O governador eleito ainda defendeu mais investimentos nas ações de combate ao tráfico de drogas e contrabando de armas e outros crimes, sobretudo na região de fronteira, onde há falta de estrutura e de pessoal.
Wilson Lima enfatizou que é preciso instalar novas bases de segurança, implementar serviços de inteligência ao longo da fronteira e aumentar o efetivo. A Base Anzol da Polícia Federal, única na região, está desaparelhada e com defasagem de servidores. “É preciso retomar o controle das fronteiras. Há um esforço muito grande das nossas polícias civil e militar para combater o tráfico de drogas, mas as distâncias são grandes e não há pessoal suficiente”, disse ele.
Os governadores discutiram ainda a situação penitenciária do País, uma preocupação de todos os estados. Wilson Lima apontou a necessidade de aporte de recursos federais na construção de novos presídios na capital e no interior, com segurança e modernização necessárias. “É preciso fazer mais do que ampliar vagas. Tem que se investir em tecnologia, reativar os bloqueadores de celulares, integrar o sistema de cadastro de presos, além de aplicar recursos em projetos de ressocialização”, pontuou.
O futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, propôs uma integração e organização de todos os estados e disse que já há um projeto para combater o crime organizado e melhorar a segurança pública e o sistema penitenciário. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, ressaltou que é o momento das instituições assumirem seus papéis.
O fórum teve a participação do Vice-Presidente eleito, General Hamilton Mourão, que destacou a importância do diálogo com os Estados. Eles ouviram dos governadores outras demandas relacionadas ao pacto federativo e ao repasse do Fundo de Participação dos Estados. Os governadores vão manter uma agenda mensal de reuniões para tratar de temas comuns. O primeiro encontro, há cerca de um mês, teve a presença do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Dessa vez, participaram vinte e três governadores e dois vices eleitos, o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, o presidente do STF, Dias Toffoli, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, o atual ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, o futuro secretário nacional de Segurança Pública, General Guilherme Theóphilo, além do presidente do OAB, Carlos Lamachia.
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