Após pressão popular, governador do Pará oferece 30 leitos ao Amazonas
Eldiney Alcântara | 24 Horas
Após uma repercussão negativa da decisão de proibir a circulação de embarcações vindas do Amazonas, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), voltou atrás e ofereceu 30 leitos em Belém à pacientes amazonenses acometidos pela Covid-19. Ele postou a notícia em suas redes sociais.
Fiz contato com o governador @wilsonlimaAM, do Amazonas, oferecendo 30 leitos em Belém a pacientes em tratamento da Covid-19. Toda a minha solidariedade aos irmãos amazonenses neste momento difícil.
— Helder Barbalho (@helderbarbalho) January 14, 2021
O fechamento dos portos para os amazonenses causou polêmica na internet. A grande maioria dos comentários destacou que o Amazonas sempre atendeu pacientes vindos do Pará. “Acho que o governador do Pará não sabe que aqui nos hospitais de Parintins-Am atendemos muitos pacientes vindos de lá, e ninguém fecha a porteira”, retrucou o presidente da Câmara Municipal de Parintins, vereador Mateus Assayag (PL).
“Quem sofrerá com a arrogância do nosso governador do Pará somos nós mesmo, todos sabem que Juruti, Terra Santa e Faro precisam do Hospital de Parintins”, criticou o internauta Raphael Sousa Bracho. “Na Vila atendemos várias pessoas que vem a procura de saúde através da estrada”, disse o comunitário da Vila Amazônia-Am, Jesiel Prata.
Na tentativa de amenizar a repercussão negativa, o governador fez a oferta dos leitos e publicou nas redes sociais. “Fiz contato com o governador @WilsonLimaAM, do Amazonas, oferecendo 30 leitos em Belém a pacientes em tratamento da Covid-19. Toda minha solidariedade aos irmãos amazonenses neste momento difícil”, publicou Helder Barbalho. Ao contrário da decisão de fechar os portos, essa nova postagem gerou comentários positivos.
“Parabéns pela atitude, a política significa zelo e cuidado com o povo, com o bem comum, ser solidário é um gesto de ser humano”, enalteceu na postagem Antonia Borges. Em outro comentário, a paraense Rosana Bastos ponderou: “o momento não é de julgamento, é de ajudar nossos irmãos amazonenses”.