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Ataques de 11 de setembro: Fotógrafo brasileiro relata sobre os registros mais tristes de sua carreira

Foto: Wigder Frota.

Gilson Almeida | 24 Horas
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Parintins (AM) – 11 de setembro de 2001 é a data histórica que abalou o mundo com os ataques terroristas aos Estados Unidos em que o grupo Al Qaeda, chefiada por  Osama bin Laden, sequestrou quatro aviões e usou dois desses para derrubar há 19 anos os prédios do complexo World Trade Center (WTC), conhecidas como as Torres Gêmeas.

O fotógrafo natural do Rio de Janeiro, Wigder Frota, de 57 anos, que mora em Nova Iorque há décadas, registrou a algumas quadras de onde o fato ocorreu os dois edifícios desabando após serem atingidos pelos aviões.

Wigder Frota. Foto: Denis Raphael.

Além de fotógrafo, Wigder trabalha há mais de 25 anos com investimento imobiliário e na manhã do dia dos atentados ele saiu para fotografar um imóvel que estava vendendo para se encontrar com clientes. Quando saiu do metrô as pessoas estavam olhando para cima, foi quando Wigder se deparou com os prédios pegando fogo e começou a fotografar. Ao perguntar para as pessoas que estavam na rua o que tinha acontecido recebeu a notícia de que se tratava de um ataque terrorista. As Torres Gêmeas foram atingidas às 8h46 (9h46 no horário de Brasília) e 9h03 (10h03 no horário de Brasília).

Foto: Wigder Frota.

“11 de setembro de 2001, os registros mais tristes em minha carreira de fotógrafo! Lembro de tudo, como se fosse ontem. A manhã linda de céu azulado, a queda das torres, os gritos, o choro, o pânico, o cheiro de morte que dominou a cidade nos dias seguintes, o medo, a depressão, mas lembro também da coragem, solidariedade e união de todo o povo da minha cidade amada, Nova Iorque. Essa data estará sempre tatuada na minha história”, conta Wigder.

Em 2001 os militantes da rede terrorista Al Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais. Um atingiu o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, em Washington, e dois as Torres Gêmeas. O quarto avião, que ficou conhecido como o voo 93, caiu em um campo aberto em Shanksville, na Pensilvânia.

Com o zoom da câmera, Wigder pôde olhar uns pontinhos pretos caindo das Torres Gêmeas, que para sua infelicidade eram pessoas que, em ato de desespero, pularam dos prédios que estavam em chamas.

A maioria das pessoas só saíram do local quando as duas torres desabaram e a poeira cobriu a Ilha de Manhattan. O ataque tirou cerca de 3 mil vidas. Onde ficavam as Torres Gêmeas foi construído um Memorial Nacional do 11 de Setembro para homenagear as vítimas dos ataques.

Imagem de satélite.

“A vida depois daquele dia foi de muita tristeza, muita depressão, muito choro, conheço pessoas que morreram lá. Passaram 19 anos e ainda é uma coisa muita sombria. Pra se ter uma ideia ainda não tive coragem visitar aquele memorial às vítimas”, relatou o fotógrafo.

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