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Beto Bulcão, compositor do Boi Caprichoso morre aos 62 anos

O compositor e músico parintinense Roberto Sidney Bulcão dos Santos, 62, o Beto Bulcão, faleceu na manhã deste domingo, 01, por volta de 8h15, no Hospital Delphina Aziz, em Manaus, após uma parada cardíaca. De acordo com a filha, Joelma Coelho, 32, ele sofria de cirrose hepatica, e devido a doença, teve algumas complicações que o levou a morte.

Beto Bulcão era funcionário público federal e compositor do Boi-Bumbá Caprichoso, e se imortalizou com a toada “Caboco Parintinense” que também ficou conhecida como “Sou Parintinense”. O velório do músico está sendo realizado na funerária Almir Neves, situada na rua Joaquim Nabuco, centro de Manaus.

A família informou a reportagem do Gazeta Parintins que o corpo de Beto será conduzido amanhã (2), às 11h da manhã em um avião fretado a Parintins, onde provavelmente será velado numa funerária localizada no centro da cidade, e o enterro está previsto para ocorrer terça-feira, 03, no cemitério São José.

Perda

O compositor tinha 5 filhos e 5 netos. Segundo a filha Joelma Coelho, o pai era uma pessoa alegre, amava compor e está ao lado dos amigos. “Além de toadas, gostava principalmente de fazer músicas românticas, mas também gostava de compor músicas animadas. Tinha muito orgulho dele. É muito difícil pra gente a perda do nosso pai, é um pedaço da gente que vai embora, temos que ser fortes”, relata emocionada a filha.

Despedida

O compositor Carlos Paulain, lamentou o falecimento do amigo, com que já fez composição em parceria para o Boi Caprichoso. “O grande amigo Beto partiu hoje, mas deixa sua obra que o imortaliza”, disse Paulain.

O professor Fernando Silva, sócio do Boi Caprichoso, também lamentou a morte do amigo.  “Com muito pesar soube da passagem do nosso compositor Beto Bulcão. Culturalmente e musicalmente me sinto mais pobre. Na frase de sua toada “Caboco Parintinense” ele diz: Eu sou filho da terra, aqui minha vida encerra”, declara Fernando.

Confira um trecho da toada Sou Parintinense, de Beto Bulcão:

“Sou Parintinense / caboclo criado na beira do rio / sou vaqueiro, sou valente varonil / defendendo o azul e branco que tem na bandeira do Brasil / eu sou filho da terra / aqui minha vida encerra / nessa paz da mata / ninguém se mata, ninguém faz guerra…”

Imagens de Beto com a família 

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Por Ataíde Tenório / Geandro Soares

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