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Brasil perderá mais de 11 mil médicos cubanos após ameaças de Bolsonaro

O governo de Cuba comunicou nesta quarta-feira, 14/11, o fim do acordo diplomático com o Brasil, no âmbito do programa social, Mais Médicos, como consequência às declarações “ameaçadoras e depreciativas” do presidente eleito, Jair Bolsonaro, que anunciou mudanças “inaceitáveis” ao projeto governamental.
“Diante desta lamentável realidade, o Ministério da Saúde Pública (Minsap) de Cuba tomou a decisão de não continuar participando do programa ‘Mais Médicos’ e assim o comunicou à diretora da OPS (Organização Pan-Americana da Saúde) e aos líderes políticos brasileiros que fundaram e defenderam esta iniciativa”, anunciou a entidade.
Cuba tomou a decisão de solicitar o retorno dos mais de 11 mil médicos cubanos que trabalham atualmente no Brasil, depois que Bolsonaro questionou a preparação dos especialistas, condicionou sua permanência no programa “à revalidação do diploma” e impôs “como via única a contratação individual”.
“‪Condicionamos à continuidade do programa Mais Médicos a aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou”, justificou Bolsonaro, ao se posicionar sobre o assunto nas redes sociais.
Bolsonaro já havia dito que pretende modificar os termos de colaboração com o país caribenho. Em vigor há cinco anos, o programa traz médicos de outros países para atuarem em regiões em que há déficit de profissionais de saúde, e contava com milhares de especialistas em saúde vindos da ilha para o Brasil.
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