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Cantor Amílcar Azevedo, consagrado na cena amazonense, falece neste domingo (3)

O cantor Amílcar Azevedo, consagrado na cena musical amazonense, faleceu na manhã deste domingo (3), por conta de uma série de complicações médicas após uma cirurgia. Ele tinha 57 anos. Amílcar veio a óbito por volta das 11h40 no hospital Rio Negro, localizado no Centro, Zona Sul da cidade. Ele havia se internado em março para se tratar de uma suspeita de pancreatite. Após uma cirurgia bem-sucedida, o cantor teve diversas complicações no período pós-operatório, chegando a passar por novos procedimentos cirúrgicos até vir a óbito.

O velório de Amílcar está previsto para acontecer neste domingo, a partir das 19h, no Palácio Rio Negro, localizado na avenida Sete de Setembro, 1546, bairro Centro.

‘Uma das mais belas vozes’

A morte do cantor deixa a classe artística da cidade em luto. Emocionado, o cantor Zezinho Corrêa, que trabalhou várias vezes com Amílcar, destacou a dedicação do artista.

“Ele sempre foi seguro e tem uma das mais belas vozes que eu ouvi. Uma voz muito bonita, um timbre muito bonito, e uma grande interpretação. Sempre o vi assim, como amigo e como artista”, disse Zezinho.

“A doença dele já foi um grande abalo. A todo momento, a gente esperava uma notícia boa, uma melhora, mas infelizmente, não deu. Os momentos em que nos encontrávamos nos camarins, e nos encontramos em muitos, foram muito bons. Sempre conversávamos e eu aprendi muito com ele, porque ele tinha essa segurança de entrar no palco e interpretar. Vamos lembrar sempre dele pelo artista e pelo amigo que foi. Por poder vê-lo cantar, por poder ouvir aquela voz maravilhosa, sempre serei grato”, declarou o artista.

A carreira

A carreira de Amílcar Azevedo começou nos anos 80, em bares e restaurantes de Manaus. O artista se apresentou em várias capitais brasileiras como São Paulo, Fortaleza e Rio de Janeiro, onde chegou a fazer pré-show para Oswaldo Montenegro.

 

Reconhecido pelo público, ele ganhou os palcos nacionais e internacionais. Em 2005, o artista representou o Amazonas em Paris, em comemoração ao Ano do Brasil na França, com outros cantores locais. A convite da Confederação Brasileira de Atletismo, em 2007, se apresentou na Itália.

O primeiro CD do cantor foi gravado no projeto “Valores da Terra”, da Prefeitura de Manaus, interpretando composições de Nicolas Jr, Chico da Silva e Roberto Dibo. No seu segundo disco, lançado em julho de 2011, gravou composições gravou composições autorais como “Amor próprio” e “Pérolas do coração”, título do CD. O trabalho conta, ainda, com as regravações “Pra ser só minha mulher”, de Ronnie Von e Tony Osanah, e “Preciso lhe encontrar”, do compositor Demetrius. Um dos seus últimos projetos foi o show “Nervos de aço”, onde interpretava junto com Lucilene Castro canções de Lupicínio Rodrigues.

Repertório

Há seis anos, o cantor se apresentava no Clube Municipal. Logo que iniciou as apresentações na casa, Amílcar contou para A Crítica o desafio de se apresentar por conta do ecletismo do ambiente.

“Vão jovens e um público de mais idade, mas todo mundo se respeita. Aprendi a adequar minhas canções aos

estilos do Municipal, que é o bolero, o sambinha e o xote clássico”, revelou.

 “Apesar disso, ainda tem quem me rotula como um cantor elitizado. Porém, o que faço é apresentar um repertório exigente e bem elaborado. Sou um cantor popular. Essa história de cantar para guetos e grupinhos, não é legal para o artista”, disse o cantor, na ocasião.

“Não tem idade, mas tem que ter qualidade. Por isso, prefiro composições de Noel Rosa, Cartola, Chiquinha Gonzaga, mas também aprecio um xote pé-de-serra, um forró bem elaborado e, claro, o romântico, que eu mais me identifico”, ressaltou Amílcar Azevedo. Além do Municipal, o cantor era figura presente nos festivais de canções no Estado e no Zero Grau.

Fonte: acritica

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