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Com fim de mandato de Jender Lobato se aproximando, bastidores das eleições do Boi Caprichoso começam a agitar

Foto: Pedro Coelho.

Gilson Almeida | 24 Horas
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Com o fim de mandato de Jender Lobato como presidente do Boi Caprichoso se aproximando, sem disputar nenhum festival por causa da pandemia, os bastidores das eleições para eleger a nova presidência do bumbá começaram a se agitar. A eleição está prevista para acontecer somente em setembro de 2022, no entanto, nos bastidores uma discussão começou a vir à tona, a prorrogação ou não do mandato de Jender Lobato. O cargo de presidente do Boi Caprichoso é de três anos e o estatuto não permite reeleição ou prorrogação de mandato. A tentativa de se fazer isso pode resultar em assembleias ou até mesmo parar na justiça.

Nas redes sociais, a #FICAJENDER foi publicada pelo membro do Conselho de Artes do Boi Caprichoso, Edwan Oliveira, apoiando a permanência da atual gestão do boi. “Nem um estatuto previa uma Pandemia e consequências desastrosas para a humanidade! Quem já teve sua oportunidade, não custa nada aguardar mais um pouco pra ter nova chance! Todo presidente tem direito a realizar três festivais. #FICAJENDER!!! A Pandemia não é culpa sua, mesmo contudo, você tem sido um presidente determinado, aguerrido e presente em todos os problemas da Associação Cultural Boi Bumba Caprichoso!”, publicou.

Por outro lado, o ex-vice-presidente do Boi Caprichoso, Rossy Amoêdo, um dos principais nomes que deve disputar a presidência do touro negro, se posicionou contra a prorrogação do mandato de Jender. “Em 2020 as eleições municipais não foram prorrogadas, ocorreram normal, mesmo em pico de pandemia aconteceu por ser um ato democrático constitucional. Vejo hoje um pequeno movimento no Boi Caprichoso, pessoas usando pandemia para prorrogar mandato. Vejo desnecessário a prorrogação tendo isso como desculpas, a associação tem um ESTATUTO que mantém a ordem, o equilíbrio e a seriedade de uma entidade que recebe recursos públicos. A partir do momento que se começa a tentar manobras escusas, como a violação do estatuto macula-se a instituição, precisamos poupar nosso pavilhão de estampar mais uma vez matérias negativas em blogs e jornais manchando o nome da associação”, disparou.

O ex-presidente do boi da Francesa e do Palmares, Babá Tupinambá, que atualmente exerce o cargo de vereador de Parintins, também se posicionou sobre o assunto.

 “Sei que não fui perfeito no boi, tive acertos e erros, deixei dívidas como alguns presidentes que passaram pelo boi deixaram, e isso vai ser uma coisa que sempre vão falar, não importa quem seja vão falar, e nós conseguimos um BICAMPEONATO. Fiz parte do processo quando era vice na chapa do Jender e tivemos uma reunião junto com o candidato Karu e seu vice Carlão para haver uma união das duas CHAPAS. Eu me retirava e o Carlão se retirava para ter uma só CHAPA, Jender presidente, Karu vice-presidente, e com isso não teve eleição e houve ACLAMAÇÃO. Até aí tudo certo. Infelizmente veio a PANDEMIA, e com isso não houve festival e os presidentes não puderam mostrar seu trabalho à frente do boi, mas também entendo que ninguém é culpado e podia acontecer com qualquer um. Com isso sou a favor da eleição para presidente, se ele tivesse concorrido em 2019 uma eleição, hoje ele poderia ser aclamado sem nenhum problema e eu apoiaria, mas duas ACLAMAÇOES aí já discordo”, publicou Babá nas suas redes sociais.

O assunto de prorrogar ou não o mandato de Jender Lobato divide opinião dos sócios do Caprichoso. Outros nomes também já são cogitados para entrar na “briga” pela presidência do boi como os ex-presidentes Dodó Carvalho, Carmona Oliveira e Babá Tupinambá.

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