Daniela Mercury detona corte de verbas no carnaval do Rio: ‘Não é inteligente’
A cantora, que sempre se posiciona sobre temas importantes e polêmicos, agora não deixa passar em branco o corte de verbas no carnaval do Rio
Uma coisa é certa no novo ano de Daniela Mercury: em 2018, ela continua botando a boca no trombone. A cantora, que sempre se posiciona sobre temas importantes e polêmicos, agora não deixa passar em branco o corte de verbas no carnaval do Rio.
— O samba é nossa forma de oração, nosso hino nacional. E o carnaval é onde o povo do Rio de Janeiro se celebra como cidadão. Não é inteligente cortar as verbas das escolas, pelo bem que faz, pela esperança que pacifica e motiva, e porque esse dinheiro gera muitos empregos diretos e indiretos. Além disso, o retorno do investido é muito maior que qualquer campanha no exterior para incentivar turismo no Brasil — analisa a artista, emendando uma letra de sua canção, “Samba presidente”: — “Na minha casa, palavra é tambor, sílaba, batucada; quem não entende o tambor não entende nada”.
Uma das maiores representantes do carnaval no Brasil, Daniela dá a largada para a folia no dia 28 de janeiro, com o show “Cidade elétrica” em Salvador, uma parceria com Claudia Leitte.
— Minha amizade com Claudinha é maior a cada ano, sempre fomos muito carinhosas uma com a outra. Agora inventamos um evento juntas, uma grande festa do verão brasileiro. Vai ser incrível, estamos preparando surpresas! — avisa.
Para aguentar o ritmo cantando e dançando o tempo todo no palco, a cantora se cuida diariamente:
— Faço aulas de pilates, funcional, dança, aeróbico sem impacto, resistência e fortalecimento com peso.
Ao mesmo tempo, faz questão de falar com as mulheres que não se encaixam nos padrões de beleza impostos pela sociedade:
— Somos como flores diferentes: todas lindas e singulares, no corpo e na mente.
‘É o amor que nos faz ser família’
Casada desde 2013 com Malu Verçosa, Daniela sentiu a sua família ser questionada e atingida quando deputados defenderam o conceito de “família tradicional brasileira”, aquela que é composta por homem, mulher e filhos.
— Discriminar a família é discriminar não só o amor entre pessoas do mesmo sexo, como ignorar o amor entre filhos, pais, mães, avós, tios ou qualquer pessoa que forme um núcleo fraterno e familiar de convivência. Essas pessoas que discriminam querem inventar uma norma que não condiz com a realidade e, portanto, não interessa a ninguém, não serve a nada, é um desserviço à sociedade. É uma tentativa de legalizar o preconceito — diz.
Além de dois filhos do primeiro casamento, Daniela adotou com Malu três meninas: Marcia, de 19 anos; Ana Alice, de 16; e Ana Isabel, de 8.
— É uma dádiva! Quem adota é quem ganha. As crianças são muito inteligentes e nos ensinam muito. É o amor que nos faz ser família, mais nada tem esse poder.