Escritor exalta a importância do primeiro Bispo da Diocese para o Festival Folclórico de Parintins
Da Redação | Parintins 24 Horas
O primeiro bispo da então Prelazia, hoje diocese de Parintins, Dom Arcângelo Cérqua teve papel fundamental na criação do Festival Folclórico de Parintins. A afirmação é do escritor Basílio Tenório que no último sábado lançou o livro “A cultura do boi bumbá em Parintins”.
Segundo ele o Festival Folclórico de Parintins surgiu numa época de crise financeira no país durante a década de 60. “Dom Arcângelo e os padres eram italianos e o golpe militar que ocorreu naquela década tendia a impedir o trabalho deles nessa região a prelazia tinha que se consolidar em 25 anos e os projetos para isso eram o seminário, a rádio Alvorada e a Catedral”, conta o autor.
O primeiro bispo da igreja católica na região era tido como visionário e na opinião de Basílio Tenório formou lideranças e foi o grande mentor da criação do festival sem aparecer como o responsável pelo feito. “O bispo cria a JAC (Juventude Alegre Católica) e vai utiliza-la como instrumento pra canalizar recursos para a construção da Catedral. A grandeza de Dom Arcangelo é que ele fez questão de não aparecer, por isso apareceram os meninos. (Lucinor Barros, Xisto Pereira, Raimundo Muniz e Padre Augusto)”.
Ao ser questionado sobre os motivos que fizeram a igreja não acompanhar o Festival Folclórico como organizadora ele responde:
“A Igreja Católica não quis mais o festival porque não constava na bula papal a criação do Festival e dom Arcângelo era príncipe numa sociedade de homens onde as regras são cumpridas. Ele utilizou a JAC pra criar o Festival para canalizar recursos para a Catedral com o objetivo alcançado ele deixou os criadores oficiais dando sequência na festa. Mas historicamente a prelazia de Parintins é a grande responsável pela festa”, conclui.