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Filho que matou a mãe na Vila Amazônia será julgado nos próximos dias

Gilson Almeida24 Horas

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Parintins (AM) – O réu preso, Narcísio de Souza e Souza, de 24 anos, participou na manhã desta sexta-feira (31) da audiência de instrução e julgamento realizada na 2ª Vara da Comarca de Parintins, que tem como titular a juíza Mychelle Martins Autt Freitas. Ele é acusado de ter matado a própria mãe, a cabeleireira Maria Júlia de Souza e Souza, de 36 anos, com três facadas. O crime ocorreu em 2018 na comunidade de Vila Amazônia, zona rural de Parintins. O caso gerou grande repercussão na cidade.

Audiência de instrução e julgamento é um ato processual solene e serve, principalmente, para colheita da prova oral (depoimento de partes e/ou testemunhas). Tem sua forma e função delimitadas no Código de Processo Civil, Capítulo XI, do Título I, nos artigos 358 a 368.

A magistrada Mychelle Freitas não quis gravar entrevista, mas de acordo com informações obtidas na 2ª Vara da Comarca do município, o réu foi defendido pela Defensoria Pública e acusado pelo Ministério Público (MP). A audiência foi fechada. Ainda segundo informações da 2ª Vara, o processo será analisado pela juíza e a sentença será dada nos próximos dias.

O crime ocorreu dia 07 de fevereiro de 2018. A vítima recebeu três estocadas e conduzida ao Hospital Regional Jofre Cohen, mas não resistiu aos ferimentos falecendo na sala de cirurgia. Maria foi atingida com duas facadas da cabeça e uma na região da clavícula.

Apos exame de necropsia feito no IML, o médico legista, Jorge de Paula, constatou que a causa da morte foi por hemorragia interna causada por perfuração no pulmão.

O autor do feminicídio confessou na época o crime alegando legítima defesa, afirmando que sua mãe havia lhe dado uma cadeirada. Maria Júlia lutava para tirar o filho das drogas.

Por ser dependente químico, Narcísio chegou a se tratar no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Adolfo Lourido, no entanto, conforme o diretor da unidade na época, o psicólogo André Acauan, a última consulta do réu havia sido em janeiro de 2018.

Ao ser apresentado na 3ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) logo após cometer o crime, Narcísio afirmou que usava tinner, cola de sapateiro e até gasolina para se drogar. Ele já tinha passagem pela polícia por violência doméstica contra a mãe em 2015.

Por ter sofrido diversas ameaças de morte pelo filho, Maria chegou a solicitar medida protetiva da Justiça.

Narcísio se recusou a dar entrevista, mas afirma que se arrepende de ter matado a própria mãe.

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