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Fogos de artifícios para afugentar urubus decepa dedos de bombeiros

O bombeiro civil do aeroporto Júlio Belém se recupera de um grave acidente de trabalho ocorrido no início da semana passada. Carlito Nunes da Silva, 32, teve parte de três dedos da mão direita arrancados quando soltava fogos de artifícios para espantar aves que ficam na área do aeródromo municipal. A ação é feita com autorização da direção do aeroporto para evitar que aeronaves comerciais sejam atingidas pelos pássaros e assim evitar acidentes.

Carlito Nunes recebeu alta médica na manhã de terça-feira, 26, uma semana depois do acidente e já se encontra em sua residência, no bairro Itaúna II, aos cuidados de seus familiares. O Repórter Parintins entrou em contato com o bombeiro civil, mas o mesmo não quis dar explicações de como aconteceu o acidente.

Devido as circunstâncias em que se encontra o funcionário do aeroporto, que teve parte da mão atingida com os fogos de artifícios, a família segue as recomendações médicas e está restringindo contato com a imprensa para falar sobre o assunto. De acordo com a mãe, ele está bastante abalado e precisará de orientação psicológica.

A reportagem conseguiu colher de Carlito Nunes que o mesmo está bastante preocupado com a situação porque passa o aeroporto Júlio Belém e não gostaria que o município sofresse em caso de fechamento das atividades aeroportuárias, como já aconteceu. Nas duas vezes em que o aeroporto foi fechado, o juiz federal titular da 7ª Vara Federal Ambiental e Agrária, Dimis da Costa Braga, apontava para o perigo aviário.

Com a exoneração do administrador do aeroporto Júlio Belém, Adriano Aguiar, ocorrido no dia 31 de março, o coordenador de Administração do Município, Paulo Pessoa, afirma que o caso está sendo apurado e um relatório será fornecido aos órgãos competentes. “Todo o acidente que ocorrer dentro dos limites portuários requer um tratamento especial. Quanto se há falha humana e erro de procedimento do profissional aí vai ser feito um laboratório com todos eles. Toda vez que ocorre um erro temos que buscar e ver o que ocasionou o erro, até mesmo para a segurança operacional, para mitigar esse tipo de situação”, disse Paulo.

Ele confirma que no plano de manejo de aves está especificado que o aeroporto, por meio dos bombeiros civis, utiliza fogos. Porém, afirma que por algum descuido o funcionário utilizava os equipamentos no momento que não era apropriado. O aeroporto possui uma seção de combate a incêndio composta de 10 bombeiros civis, dividido em duas turmas.

Do RP / Neudson Correa

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