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Justiça determina prisão de 2 empresários em investigação da Lava Jato no RJ

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal, no Rio, expediu mais dois mandados de prisão contra dois empresários da construção civil ligados ao esquema de corrupção envolvendo a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).

Na manhã desta quarta (9), um dos mandados foi cumprido contra o empresário Nuno Canhão Bernardes Gonçalves Coelho, em Curitiba, no Paraná. O outro suspeito, Guilherme Neves Vialle, está no exterior. A Difusão Vermelha da Interpol já foi pedida. A ação foi batizada como Gotham City.

Segundo as investigações, os empresários tentavam lavar dinheiro para Rogério Onofre, ex-diretor do Detro, e de sua esposa, Dayse Deborah Alexandra Neves, presos no início do mês passado.

Na época das prisões, a polícia federal encontrou documentos que sugerem a existência de contas no exterior em nome de Onofre e provas que indicam que Dayse e Onofre faziam a lavagem de dinheiro de recursos ilícitos mediante a compra de imóveis em construção com o grupo empresarial de Nuno e Guilherme. Ainda segundo a denúncia, os empresários são donos de diversas empresas no setor da construção civil.

Ainda segundo a denúncia, a lavagem de dinheiro era realizada através da compra de imóveis tendo em vista que os valores constantes nos instrumentos de venda eram apenas 50% do valor do custo real do bem. Segundo testemunha, em 2013 foi realizada a promessa de compra e venda de 30 apartamentos, cujo valor real era de R$ 6,9 milhões. No entanto, o valor que constava na promessa era de R$ 3,45 milhões, pois a parte que seria paga por Onofre não ficou consignada em contrato.

A ação é um desmembramento da Operação Ponto Final, da Lava Jato. Nesta terça (8), o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) virou réu pela 14ª vez na Lava Jato. O juiz Marcelo Bretas aceitou as duas denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal nesta terça-feira (8). Além de Cabral, também viraram réus outras 23 pessoas.

Todos os denunciados pelo MPF foram investigados durante a Operação Ponto Final, que desvendou um esquema criminoso no setor de transportes do estado. Segundo os procuradores, só o ex-governador pode ter recebido aproximadamente R$ 145 milhões em propinas.

Do g1

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