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Mais de 5,3 mil focos de queimadas já foram registrados no AM em agosto de 2019

Focos de queimada identificados no Amazonas em 2018 — Foto: Ricardo Oliveira/Ipaam

Somente nos primeiros 19 dias do mês de agosto, foram registrados 5.305 focos de queimadas em todo o Amazonas. O índice do mês já é quase três vezes maior que o registrado nos primeiros sete meses de 2019. No acumulado do ano, o número de focos de incêndio chega a 7.003, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

No dia 2 de agosto, o Governo do Estado decretou situação de emergência por 180 dias na Região Metropolitana de Manaus e no Sul do Amazonas, graças ao impacto de queimadas e o desmatamento ilegal – problemas que são somados ao atual período de estiagem.

A cidade de Apuí lidera o ranking de cidades que apresentaram a maior quantidade de focos de calor entre janeiro e julho, com 673 registros. Em seguida, estão as cidades de Novo Aripuanã (152 focos), Lábrea (119) e Manicoré (94).

Dentro da Amazônia Legal, o Estado é o terceiro colocado em casos de queimadas registrados de janeiro a agosto.

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), responsável por ações de fiscalização, informou nesta quarta-feira (21) que 641 ações foram realizadas no primeiro semestre deste ano. O índice, segundo o Ipaam, é 56% maior que o registrado no mesmo período de 2018.

Em nota, o Governo do Estado afirmou que criou uma força-tarefa para ampliar as ações de controle. Um sistema que cruza dados sobre alertas de desmatamento e empreendimentos cadastrados nos órgãos ambientais estaduais foi criado para tornar a fiscalização mais eficiente.

Na segunda-feira (19), uma frente fria aliada a uma cortina de fumaça, oriunda da Região Norte do país, fez o dia “virar noite” em São Paulo. Nesta quarta, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que organizações não governamentais podem ser responsáveis pelas queimadas na região amazônica, como forma de “chamar atenção” contra o governo.

Desmatamento

A extensão do desmatamento no Amazonas também é alarmante. Entre 2013 e 2018, mais de 4,6 mil km² foram desmatados no Estado. Os dados foram obtidos por meio do projeto Deter-B – ferramenta do Inpe que analisa, quase em tempo real, desmatamentos e alterações na cobertura florestal.

O Ipaam informou nesta quarta que identificou responsáveis por desmatar 99.869,8 hectares no Sul do Estado e na Região Metropolitana da capital. Para chegar até os responsáveis, que serão autuados, o órgão cruzou dados próprios, imóveis registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e Sistema de Gestão Fundiária (Sigef), além de alertas de desmatamento notificados pelo Deter-B.

Segundo o Inpe, responsável pelo projeto Deter-B, foram emitidos 5.510 alertas de desmatamento no Amazonas entre 18 de agosto de 2018 e 14 de agosto deste ano.

Os municípios do Amazonas que possuem altos índices de focos de queimadas também apresentam números elevados de desmatamento. Lábrea é o quarto município do Brasil com maior índice de desmatamento acumulado entre 2013 e 2018 – com 1,4 mil km².

Como denunciar

Crimes ambientais podem ser denunciados ao Ipaam por meio dos telefones (92) 2123-6715 e 2123-6729, das 8h às 17h. As denúncias também podem ser registradas pessoalmente na sede do órgão, situada na Avenida Mário Ypiranga, 3.280, Parque Dez, Zona Centro-Sul de Manaus, ou pelo e-mail [email protected]

Com informações do g1

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