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Ministro Edson Fachin tira o deputado Alfredo Nascimento da Lava Jato

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o deputado federal Alfredo Nascimento (PR-AM) das investigações da Lava Jato por considerar que a denúncia contra o parlamentar feita por delatores não tem relação com esquema de propina envolvendo a Petrobras ou outra estatal ou órgão do Governo Federal no âmbito da operação comandada pelo juiz Sérgio Moro.

“Não conhecia os delatores e fui vítima porque, quando ministro dos Transportes, acabei com o cartel das grandes construtoras e paguei e até hoje pago um preço político e pessoal alto por isso”, disse Alfredo.

No despacho de sua decisão, o ministro Fachin sustenta que a citação dos delatores “em nada se relaciona com o que se apura na referida operação de repercussão nacional”. O inquérito foi encaminhado para a presidente do STF, ministra Carmem Lúcia, que o redistribuiu para o ministro Marco Aurélio Mello para elucidar o que foi denunciado.

“Estou feliz em ver meu nome fora da Lava-Jato. E não vejo a hora de toda essa investigação terminar para ficar provada a minha inocência”, disse Alfredo.

Alfredo apareceu na delação dos executivos da Odebrecht, citado entre os políticos que teriam recebido recursos não contabilizados para a campanha eleitoral.

Segundo a denúncia, em sua campanha para o Senado em 2008, Alfredo teria recebido R$ 200 mil da empreiteira a pedido do deputado mineiro Milton Monti, do mesmo partido do parlamentar amazonense. Em troca, a empresa teria facilidades em obras no Ministério dos Transportes.

“O que aconteceu na verdade foi que eu acabei com o cartel dessas grandes empresas que há anos existia no Ministério e, por conta disso, os executivos decidiram me atacar. Tive minha vida vasculhada pela Polícia Federal e Receita Federal. Investigaram tudo e nada foi provado contra mim. Fui inocentado de todas as denúncias. Foi descoberto, sim, uma armação das empreiteiras para provocar minha saída do ministério. E tenho certeza que mais uma vez vai ficar provada minha inocência.

No inquérito, os delatores afirmam que tiveram uma reunião no gabinete do então ministro Alfredo quando foi solicitada a contribuição para a campanha.

“Não conheço esses delatores e tenho em mãos provas de que nunca houve essa citada reunião. Não há registro dessa alegada reunião na agenda, que consta todas audiências e reuniões no Ministério. Vai ficar provado que eles mentiram”, garantiu.

Com informações da assessoria

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