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MPE-AM pede que José Melo e outros réus devolvam R$ 1 milhão referente a contrato da Copa 2014

José Melo foi governador do Amazonas (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) ingressou uma Ação Civil Pública por ato de Improbidade Administrativa com pedido de ressarcimento de dano ao Erário contra o ex-governador do Amazonas José Melo (PROS), e outras seis pessoas investigadas por fraudes em um contato de R$ 1 milhão para a Copa do Mundo de 2014.

O contrato seria para a implementação de uma “solução tecnológica de monitoramento em tempo real móvel”. O caso foi citado no programa Fantástico, em reportagem que denunciou uma suposta compra de votos para ajudar na eleição de Melo.

A ação, assinada pelo promotor de Justiça Edilson Martins, no dia 6 de junho, diz que os investigados devem ressarcir dano moral coletivo presumido. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (20).

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Denúncia

De acordo a denúncia divulgada pelo Fantástico, dois dias antes da abertura da Copa de 2014, o Coronel Dan Câmara, da Secretaria de Segurança para Grandes Eventos, pediu uma contratação emergencial no Centro de Segurança de Manaus. Na ocasião, Melo cumpria o primeiro mandato como governador do Amazonas. Um dos responsáveis pelo projeto da Copa, em Manaus, era o irmão do político, Evandro Melo.

Na nota fiscal que foi paga pelo serviço está o valor de R$ 1 milhão. Uma empresa especializada em segurança deveria realizar os serviços, mas o nome que aparece no documento é de uma associação sem fins lucrativos: a “Agência Nacional de Segurança e Defesa”, presidida por Nair Queiroz Blair.

Segundo o Fantástico, Nair foi denunciada por crime eleitoral na campanha à reeleição do governador José Melo. A suspeita teve início depois que a PF recebeu denúncia anônima sobre uma suposta compra de votos.

Dois dias antes do segundo turno das eleições de 2014, dois agentes da PF se infiltraram em uma reunião onde aconteceria a distribuição do dinheiro. De acordo com o Fantástico, o encontro era com vários pastores de igrejas locais.

Na ocasião, uma suposta manifestação em um das salas do local teria chamado a atenção dos policiais infiltrados. Ao entrar na sala, a polícia teria encontrado Nair com R$ 7,7 mil. No carro supostamente usado pela mulher, a PF teria apreendido várias pastas com papéis de contabilidade. “Essa contabilidade consiste em documentos,recibos e outros documentos que evidenciam realmente a prática delituosa”, disse ao Fantástico a promotora responsável pelo caso, Sheyla Andrade dos Santos.

Com informações do g1

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