Operação contra a milícia detém mais de 150 suspeitos em operação na Zona Oeste do Rio
Uma operação de combate à milícia, desencadeada na manhã desde sábado (7), deteve 153 suspeitos e apreendeu sete menores suspeitos de integrar ou de ter envolvimento com criminosos que atuam na Zona Oeste do Rio. No início da manhã a polícia confirmou que 80 suspeitos tinham sido presos.
A ação foi coordenada por policiais das Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense e conta com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), 27ª DP (Vicente de Carvalho) e 35ª DP (Campo Grande).
Segundo a Polícia Civil, pelo menos quatro criminosos morreram durante um confronto. Cerca de 30 fuzis e 20 pistolas foram apreendidos. Os presos estão sendo levados para a Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio. Os suspeitos foram detidos numa festa em um sítio na Zona Oeste.
O número de detidos na ação foi tão grande que foram precisos dois ônibus para fazer o transporte dos suspeitos até a Cidade da Polícia.
De acordo com a investigação, iniciada há cerca de dois anos pela Delegacia de Homicídios da Capital, Wellington da Silva Braga, o Ecko, apontado como o chefe da maior milícia do estado, estaria no local. O miliciano conseguiu escapar do cerco da polícia na ação deste sábado.
Ecko é irmão de Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes, miliciano que foi morto em abril do ano passado durante uma operação na Polícia Civil. Carlinhos era um dos criminosos mais procurados do estado e comandava o tráfico de drogas em comunidades da Zona Oeste atuava no controle de vans que circulam da região.
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Na operação deste sábado, também foram recuperados 15 carros roubados e também foram apreendidas granadas e roupas militares.
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Em represália à ação da polícia, criminosos atearam fogo na estação do BRT Cesarão 3, em Santa Cruz. A estação permanecia fechada até as 11h.
Em nota, o BRT informou que a operação do corredor TransOeste no eixo da avenida Cesário de Melo foi interrompida às 5h20. “A medida foi adotada para preservar a segurança de funcionários e clientes do BRT.”, explicou o consórcio.
No fim do mês passado, imagens do Globocop flagraram uma guerra entre traficantes e milicianos na Praça Seca, também na Zona Oeste. Na fuga, os criminosos chegaram a parar o trânsito na Rua Cândido Benício, uma das principais ruas da região, que fica em frente a uma estação do BRT.
Atualmente, as milícias atuam 11 municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. As áreas de influência desses grupos criminosos somam 348 km², o equivalente a um quarto do tamanho da capital. É um conjunto de territórios em que vivem 2 milhões de pessoas que, no dia a dia, são coagidas a usar o transporte, o botijão de gás; a pagar por segurança e pelo sinal de TV; além de consumir água e os alimentos da cesta básica dessas quadrilhas.
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Com informações do g1