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Opinião: Político não é autoridade

Muitos políticos com mandato em Parintins acreditam que podem tudo e esquecem-se daqueles que o elegeram

Floriano Lins | Plantão Popular

“Político não é autoridade. É servidor Público. Trabalha para você, e é pago com seu dinheiro. Não bajule! Cobre serviço”. Com a mensagem em pauta os Movimentos Populares e o Comitê de Combate à Corrupção ilustrou o último panfleto relativo à causa.

Conforme é de conhecimento geral, panfletos são instrumentos muito utilizados por Movimentos Populares com o objetivo de sensibilização e mobilização das massas. É um meio de comunicação alternativo e ao mesmo tempo de educação popular, de rápida e eficaz abrangência.

Mas sim, retomando a ideia central do último panfleto, o propósito é justamente oferecer à população uma reflexão sobre a real função do representante político. Em contribuição a Frente Zapatista (México), aponta princípios elementares para uma coerente e justa representatividade: “A terra manda, o povo ordena e o governo obedece”. E tece em miúdos: “Obedecer, não mandar; Representar, não humilhar; Propor, não impor; Servir, não servir-se; Construir, não destruir; Revelar, não esconder; Defender, não vender; Entregar a vida, não tirá-la; Irmanar-se à coletividade, não subir”. Comparando-se o ideário Zapatista ao perfil das representatividades políticas que epidemializaram o País, comprova-se gritante contraste. Via de regras, o alvo da corrida para o exercício político brasileiro (principalmente em guetos urbanos que nem Parintins), é a regra do “se dar bem”, de fazer carreira, de apropriar-se dos bens públicos à custa das populações empobrecidas e analfabetas.

Para confirmar o argumento, citamos o exemplo da Câmara de Vereadores. Não apenas Everaldo Batista e Cabeça violaram os princípios da representatividade: outros escondem-se atrás de um paletó, de uma tribuna e de manobras regimentais para se protegerem de crimes não menores que os praticados pelos primeiros.

Urge, portanto, ao povo e às instituições de respeito colocar os tais “servidores públicos” no seu quadrado e exigir destes que façam por merecer o salário que lhes paga a população.

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