PCB quer reorganizar lutas sociais na Ilha
A prioridade é dialogar com as camadas submetidas à organização social que prioriza e privilegia as elites
Floriano Lins | Plantão Popular
Parintins (AM) – A executiva nacional do Partido Comunista Brasileiro, primeiro partido político do país, quer reorganizar a sigla no Amazonas e tem Parintins como referência de estratégia para atuação das forças revolucionárias que integram os movimentos sociais na região. Está na cidade o membro da direção Plena do Comitê Central do partido, Wagner José Gonçalves Farias.
Desde a manhã desta quinta-feira, Wagner Farias está mantendo reuniões com lideranças de partidos de esquerda, assim como ativistas sociais. “Nosso interesse no Estado do Amazonas e com muita clareza, com prioridade a questão aqui em Parintins, tem haver com a reorganização das lutas sociais para o enfrentamento contra as elites locais e contra os interesses do lucro”, diz o líder socialista.
Segundo ele, “a prioridade é dialogar com as camadas submetidas à organização social que prioriza e privilegia as elites. Temos o interesse em dialogar com todos os setores da classe trabalhadora, do comércio, da pequena indústria que existe aqui no município; também dialogar com aqueles que hoje vivem da pesca, da agricultura de subsistência, de maneira a articular a perspectiva daquilo que agente tem chamado de ‘Poder Popular’”.
Para Wagner Farias, “é necessário construir, junto com os de baixo, a perspectiva e a necessidade de que só o poder organizado pelo próprio povo é capaz de dar soluções às necessidades da vida das pessoas. Então não é a lógica do lucro que nos interessa; o que nos interessa é a lógica da vida, da vida daqueles que trabalham, daqueles que realmente produzem riqueza e não aqueles que o exploram”.
“Nesse sentido a nossa articulação em Parintins, é de construção de um polo autônomo, junto com os movimentos sociais, junto com o movimento de luta pelas questões fundamentais da vida do povo por saúde, educação, mas pautando que é impossível atingir plenamente esses direitos, enquanto o lucro for o centro da produção desses serviços”, argumenta.
Wagner enfatiza que “somos a favor de iniciativas autônomas cooperativizadas; daqueles que trabalham e produzem a riqueza local, somos a favor de um desenvolvimento que tem como centro a qualidade de vida das pessoas do município. Pra isso não é possível fazer qualquer tipo de articulação fazendo acordo com as elites, nem locais nem regionais; é necessário construir órgãos de poder do próprio povo, das camadas submetidas, das camadas exploradas e oprimidas no município”.