Prefeito e vice de Humaitá são presos em operação que apura ataques a prédios públicos
O prefeito de Humaitá, Herivaneo Vieira de Oliveira (PROS), e o vice, Rademacker Chaves, foram presos na operação “Lex Talionis” deflagrada pela a Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (27). Quatro vereados e dois garimpeiros também foram presos suspeitos de envolvimento em ataques a prédios públicos na cidade.
De acordo com a PF, políticos e garimpeiros suspeitos de cometer ataques e atentados a imóveis e veículos do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em outubro de 2017, foram identificados durante investigação.
A Polícia Federal informou que vídeos, depoimentos e perícia comprovam a participação direta do prefeito e de vereadores no crime. Eles teriam incitado garimpeiros e moradores a destruírem com fogo prédios do Ibama e ICmbio, além de camionetes, barcos de fiscalização e um veículo que estava no estacionamento do Incra. A ação seria uma represália a uma fiscalização de órgãos ambientais contra o garimpo de ouro em áreas de proteção no rio Madeira.
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Os atentados ocorreram após uma operação do Ibama apreender balsas usadas em um garimpo. Os danos aos bens públicos causaram prejuízo avaliado em R$ 1.101.052,87 para os cofres públicos federais.
Os presos foram levados para a sede da Polícia Federal em Porto Velho (RO), onde vão prestar depoimento. A prisão deles é temporária. O G1 tenta contado com as defesas dos citados.
Envolvidos
Segundo a PF, as investigações sobre o caso apontam que garimpeiros e políticos participaram da depredação de patrimônio ocorrida no município. Prédios públicos, carros e barcos foram destruídos em outubro do ano passado.
“Foram obtidos indícios de que os políticos envolvidos incentivaram os manifestantes a depredarem os bens dos órgãos públicos. A Polícia Federal identificou as autoridades políticas e também alguns dos executores dos atos criminosos”, informou comunicado da PF.
O nome da operação faz alusão à Lei de Talião, do latim “lex talionis”, conhecida pela máxima “olho por olho, dente por dente”.
Com informações do G1