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Rede de Proteção realiza ação em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes

Foto: Gilson Almeida.

Gilson Almeida | 24 Horas
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A Rede de Proteção de Parintins realiza nesta terça-feira uma série de atividades em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado no dia 18 de maio. Pela manhã a equipe fez panfletagem em alguns locais da cidade como no Mercado Municipal Leopoldo Neves, bancos, Avenida Amazonas e nas embarcações. À tarde, a partir das 17h, está programado um ato público na Praça da Catedral de Nossa Senhora do Carmo.

O conselheiro tutelar João Maurício destaca que na entidade houve um aumento de registros de denúncias de abuso sexual, mas houve queda no disque 100. De acordo com ele, no ano de 2019 houve cerca de 33 a 40 casos registrados de abuso ou exploração sexual no Conselho Tutelar. Em 2020 aumentou para 66 casos registrados.

Conselheiro tutelar, João Maurício. Foto: Gilson Almeida.

“Nesse momento de pandemia devemos refletir sobre essas situações. É um momento que as nossas crianças e adolescentes precisam estar isoladas, estar em casa. Infelizmente os maiores índices de abuso e exploração sexual acontecem dentro de casa, que é chamada a violência intrafamiliar, e isso nos faz pensar e ver a necessidade de nós cada vez mais falarmos para a sociedade que a violência sexual traz danos severos a realidade de crianças e adolescentes. E se está acontecendo nós precisamos interromper imediatamente essas situações de violência e proporcionar o atendimento correto que vá amenizar o sofrimento dessa vítima, e acima de tudo, denunciar os casos, combater todo os dias e não se calar sobre situações vivenciadas por crianças e adolescentes”, salienta.

Além disso, ele alerta os pais e responsáveis que geralmente as vítimas de violência sexual apresentam mudanças de comportamento, por exemplo, se a criança é mais animada ela fica mais calada, aquela que é bastante comunicativa fica mais retraída, aquela que fala pouco fica mais revoltada. “Isolamento, tristeza, automutilação, são vários sinais que elas apresentam. Então precisamos ficar atentos a esses sinais, procurar saber e se nós sabermos alguma situação denunciar. Omissão é crime e nós precisamos fazer a nossa parte, abraçar essa causa e dizer não a violência sexual contra crianças e adolescentes”, destaca.

As entidades que compõem a Rede de Proteção dos direitos da criança e do adolescente são Conselho Tutelar, Comissariado da Infância e da Juventude,  Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação (Semasth), Polícia Militar, Polícia Civil, Cras, Creas, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc), Secretaria Municipal de Educação (Semed), entre outras.

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