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Sanções dos EUA são “a maior agressão” em 200 anos

� a pior agressão (…) e nós não compreendemos”, disse o ministro à imprensa, à saída de um encontro com o secretário-geral da ONU, António Guterres, na sede da organização, em Nova Iorque.

“Se calhar, os Estados Unidos estão a tentar promover uma crise humanitária no nosso país. O que querem? Querem matar os venezuelanos de fome?”, declarou.

O chefe da diplomacia venezuelana sustentou que a ONU não pode ficar “de braços cruzados” perante as ações dos Estados Unidos e frisou que o Governo defenderá os seus cidadãos “por todos os meios”.

Horas antes, a Casa Branca anunciou a imposição de novas sanções financeiras à Venezuela, entre as quais a proibição de compra de novas obrigações emitidas pelo Governo de Caracas ou pela empresa petrolífera estatal PDVSA.

“No século XXI, todos os problemas devem ser resolvidos pelo diálogo, pela diplomacia e não por ameaças de guerra ou sanções económicas”, defendeu o MNE venezuelano.

A Venezuela vai realizar eleições regionais em outubro, depois locais e depois presidenciais, “é uma democracia e não sei porque é que os Estados Unidos estão a tentar fazer disso uma coisa estranha”, prosseguiu.

Inquirido sobre se o seu país se vai aproximar da Rússia e da China para compensar o impacto das novas sanções económicas impostas por Washington, Jorge Arreaza respondeu afirmativamente.

A Venezuela está há meses mergulhada numa profunda crise económica, política e institucional.

O Presidente, Nicolás Maduro, muito impopular, segundo as sondagens, é confrontado desde há quatro meses com manifestações da oposição que exige a sua demissão.

Rico em recursos petrolíferos, mas pobre em liquidez, o país cuja dívida é estimada em mais de 100 mil milhões de dólares teme entrar em incumprimento financeiro.

“Estas medidas foram cuidadosamente calibradas para privar a ditadura Maduro de uma fonte essencial de financiamento”, disse a Casa Branca.

“Os Estados Unidos reiteram o seu apelo à Venezuela para restaurar a democracia, organizar eleições livres e justas, libertar imediata e incondicionalmente todos os presos políticos e pôr fim à repressão do povo venezuelano”, frisou o executivo dos Estados Unidos.

O chefe da diplomacia venezuelana indicou, por último, que Nicolás Maduro não participará em setembro na Assembleia-Geral anual da ONU, por estar demasiado ocupado com a situação interna do seu país.

Da Agência Lusa

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