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Seis candidatos ao governo do Amazonas querem o pleito no dia 13 de agosto

Seis dos nove candidatos que concorrem à vaga de governador-tampão na eleição suplementar se articulam para atrasar em uma semana a realização do primeiro turno do pleito. Ontem, os defensores dessa proposta apresentaram um requerimento no Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) pedindo que a data da eleição, marcada para 6 de agosto, seja alterada para o dia 13.

No sábado, poucas horas após os juízes da propaganda eleitoral firmarem acordo em reunião com todos os candidatos mudando de segunda para terça-feira o início dos programas na TV e no rádio, Rebecca Garcia (PP), Marcelo Serafim (PSB) e Jardel (PPL) participaram de uma reunião a portas fechadas no Caesar Business Hotel, localizado na Avenida Darcy Vargas, bairro Chapada, que durou pouco mais de duas horas, com esse objetivo – alterar a data da eleição em uma semana.

Os candidatos José Ricardo (PT), Liliane Araújo (PPS) e Wilker Barreto (PHS) enviaram representantes ao encontro. Eduardo Braga (PMDB), Amazonino Mendes (PDT) e Luiz Castro (Rede) não participaram do evento.

Marcelo Serafim (PSB), candidato da coligação “Coragem para mudar o Amazonas”, afirmou que se sente prejudicado pela suspensão de oito dias de campanha. Ele ressaltou  que os candidatos Eduardo Braga e Amazonino Mendes tiveram força financeira para não desmontar suas estruturas de campanha após a suspensão do pleito.

“O que a gente pleiteia é que se atrase em uma semana o primeiro turno, porque uma eleição como essa onde Amazonino e Eduardo estão na frente e ganham uma semana de vantagem, fica mais difícil de nós passarmos dessa dupla. O que nós queremos é que ao menos um candidato diferente chegue ao 2° turno da eleição. Não dá para a gente ter um segundo turno com dois representantes da política do atraso”, justificou Marcelo Serafim.

Ele contestou a posição adotada por Luiz Castro, que optou por não participar da reunião. “O Luiz sustenta que quem está propondo isso não quer eleição, o que é uma injustiça com pessoas como eu e o José Ricardo , que sempre defendemos as eleições diretas e estamos pedindo esse prazo. Só quem está contra isso é o Amazonino e Eduardo. Então ele estaria no mesmo pólo de Amazonino e Braga? Eu não falaria isso porque seria uma injustiça com a história do Luiz, então ele também não pode falar que quem quer uma semana a mais está contra as eleições diretas, porque isso não é correto”, declarou Marcelo.

Caupolican Padilha, advogado de Rebecca protocolou na manhã de ontem requerimento no TRE-AM, assinado pelos candidatos que pedem a mudança de data argumentando que “não é razoável não devolver ao processo eleitoral o que lhe foi subtraído”.

Corrida para entregar programas de TV

O primeiro final de semana após o ministro Celso de Mello, do STF, autorizar a retomada das eleições diretas no Amazonas, foi marcado pela corrida entre os nove candidatos para gravar os programas eleitorais que serão exigidos na propaganda eleitoral do rádio e da televisão, a partir da próxima terça-feira.

O candidato Eduardo Braga (PMDB) informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que “tudo está em processo de produção, mas será entregue em tempo hábil”. Amazonino Mendes informou que em seu primeiro programa irá mostrar a sua carreira política.

Rebecca dedicou o final de semana para gravação de programas e ao plano de gestão. Marcelo chegou a divulgar ainda no sábado, por meio do WhatsApp seu primeiro programa que será exibido na terça-feira.

A candidata Liliane Araújo (PPS) informou que seu primeiro programa já está pronto. Luiz Castro disse que seu programa estava em fase de finalização, mas que cumprirá o prazo. Jardel (PPL), no sábado, ainda não havia iniciado a gravação de sua programa que terá 6 segundos.  José Ricardo (PT) disse que retomou as gravações para entregar o programa dentro do prazo. Wilker Barreto (PHS) não respondeu à reportagem.

Personagem: Candidato pela Rede, Luiz Castro

O candidato da Rede, Luiz Castro, afirma que a estratégia do sexteto de alterar o calendário eleitoral pode servir de manobra para atender o desejo de advogados e candidatos que tentam conseguir que a eleição seja indireta.

“Isso aí vai servir novamente de instrumento para quem quer recorrer à eleição indireta. A gente percebe uma manobra de bastidores e não vou ser injusto de dizer que todas as coligações estão envolvidas nessa trama, mas a gente sabe que existe um movimento de vários juristas e advogados que querem que seja adiado nem que seja por uma semana, para dar mais prazo para recorrerem novamente e tentar transformar a eleição direta em indireta”, avaliou Castro.

Segundo o deputado, o TRE-AM não possui autonomia para alterar o calendário eleitoral determinado pelo TSE. “Eu acredito que o TRE não cometeria esse erro de adiar para o dia 13 de agosto”, disse.

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Luiz Castro afirma que a estratégia do sexteto de alterar o calendário eleitoral pode servir de manobra para atender o desejo de advogados e candidatos que tentam conseguir que a eleição seja indireta.

“Isso aí vai servir novamente de instrumento para quem quer recorrer à eleição indireta. A gente percebe uma manobra de bastidores e não vou ser injusto de dizer que todas as coligações estão envolvidas nessa trama, mas a gente sabe que existe um movimento de vários juristas e advogados que querem que seja adiado nem que seja por uma semana, para dar mais prazo para recorrerem novamente e tentar transformar a eleição direta em indireta”, avaliou Castro.

Segundo o deputado, o TRE-AM não possui autonomia para alterar o calendário eleitoral determinado pelo TSE. “Eu acredito que o TRE não cometeria esse erro de adiar para o dia 13 de agosto. Nós da Rede temos uma posição firmada que é de manter o calendário eleitoral. Prejuízo teve para todo mundo e nós já sabemos que para mudar por uma semana vai depender do TSE, e as duas datas que a Corte Superior ofereceu para o TRE-AM foi de 6 de agosto ou 3 de setembro, e o TRE optou pela data de agosto. Então, não existe essa possibilidade do TRE decidir”, concluiu Luiz Castro.

Blog: Caupolican Padilha, Advogado da candidata Rebecca Garcia

“Nós fizemos um requerimento  ao pleno do TRE-AM porque a portaria do presidente da Corte precisa ser referendada pelo pleno, que é a quem compete deliberar sobre o calendário eleitoral. O que estamos pedindo é que quando eles forem avaliar o referendo dessa portaria, avalie também alterar o calendário eleitoral, pois há prazos que já foram ultrapassados, o início da propaganda foi modificado. O que a gente quer é que se prorrogue por mais uma semana a data da eleição, passando de 6 de agosto para 13 de agosto. Essa seria uma medida de justiça, de proporcionalidade. Nem todos os candidatos se manifestam favorável a isso, cada um tem o seu motivo. O nosso motivo, e é o que achamos justo e democrático, é de que tivemos um prazo de propaganda eleitoral subtraído. Então o processo eleitoral perdeu um prazo. O que estamos pedindo é que se devolva uma semana ao processo eleitoral. A conversa foi exatamente neste sentido e o requerimento carrega a assinatura dos seis partidos – PT, PP, PPS, PHS e PSB”.

Henrique vai recorrer da decisão do Celso de Mello

O vice-governador cassado, Henrique Oliveira (SD), afirmou que está analisando qual estratégia adotará para reverter a sentença do ministro Celso de Mello, do STF, que manteve a  eleição direta no Amazonas, ao confirmar a decisão do TSE que  cassou os mandatos dele e do governador José Melo (Pros).

Henrique apresentou uma Ação Cautelar no STF requerendo seu retorno ao posto de governador. Foi por meio dessa ação que o ministro Ricardo Lewandowski suspendeu as eleições suplementares no dia 28. A medida foi classificada como acertada por Henrique, mas oito dias depois, Celso de Mello derrubou essa decisão.

“Nós estamos discutindo ainda qual será a estratégia neste momento. O tempo corre contra a gente. Tudo foi muito bem organizado pelo nosso adversário (Eduardo Braga), apesar dele ter sido pego de surpresa pela nossa (Ação) Cautelar, mas eu não desisti ainda, não. Vou batalhar e buscar até o último instante o nosso direito, e tenho fé que os advogados da terra e o maior advogado, que é Deus, vai fazer a justiça ao seu tempo certo”, disse.

Henrique tem como advogados em Brasília  Patrícia Henrique e o ex-ministro da Jus

tiça e ex-chefe da AGU, José Eduardo Cardozo.  Procurada pela reportagem, Patrícia informou que até esta segunda-feira irá se reunir com Cardozo para definir o que será feito diante da decisão de Celso de Mello. “São dois escritórios atuando. O meu e o do ex-ministro Eduardo Cardozo. Estamos decidindo e até segunda-feira faremos uma reunião”, disse a advogada.

Em 25 de janeiro de 2016, Melo e Henrique foram cassados pelo TRE-AM, por compra de votos na eleição de 2014. Em 4 de maio deste ano, o TSE confirmou a decisão e determinou novas eleições diretas.

Do Acritica

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