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Terminal hidroviário desativado causa prejuízos à população de Manacapuru

Estrutura metálica que dá acesso à plataforma de embarque e desembarque de passageiros não suportou uma enchente do rio Solimões (Foto: Evandro Seixas)

Obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concebida para interligar os município da calha do Solimões como Anori, Anamã, Caapiranga, Beruri, Coari a Manaus, o terminal hidroviário de Manacapuru (a 84 quilômetros da capital) encontra-se desativado.

Articulado pelo então ministro dos Transportes, hoje deputado federal Alfredo Nascimento (PR), a unidade de Manacapuru fez parte de um pacote de  terminais fluviais para os municípios do interior do Amazonas. Fruto de convênio firmado entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) e a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), a obra custou 7,6 milhões, sendo R$ 4,8 milhões do Governo Federal e R$ 2,8 milhões de contrapartida do Governo do Amazonas.

O terminal foi inaugurado no dia 16 de junho de 2010 e começou a operar sobe responsabilidade da Superintendência Superintendência Estadual de Navegação, Portos e Hidrovias (SNPH). Hoje, está sob a coordenação da Administração das Hidrovias da Amazônia Ocidental (AHIMOC) órgão da estrutura do  Dnit coordenado por Luciano Moreira de Souza Filho.

Na sexta-feira, uma equipe de A Crítica esteve no local e verificou que a passarela construída para dar acesso ao local de desembarque de passageiros e cargas está danificada e sua estrutura encontra-se em cima da balsa do terminal. Segundo moradores, uma obra de adequação da passarela está paralisada.  Em maio de 2011, menos de um ano após a inauguração, a estrutura cedeu à pressão de troncos de árvores arrastados pela correnteza do Solimões.

Prejuízos

A ideia do terminal portuário com o advento da ponte Rio Negro, que seria entregue um ano depois,  era também facilitar  o escoamento da produção agrícola dos municípios Médio Solimões. “O Governo do Estado está promovendo a geração de emprego e renda, além de facilitar o escoamento da produção destes municípios, que farão de Manacapuru o portão de entrada de suas mercadorias para a capital, Manaus, que é o maior centro consumidor da produção local, principalmente de hortifrutigranjeiros”, disse a então secretária da Seinfra Waldívia Alencar no dia da entrega da obra em junho de 2010. A reportagem ligou para a AHIMOC mas não conseguiu falar com o coordenador Luciano.

Estrutura

O terminal era composto de  uma ponte em estrutura metálica com 20 metros de comprimento;  duas pontes metálicas com 45 metros cada uma, construídas em chapas de aço carbono com passarelas para pedestres,  sendo que delas com flap móvel para acompanhar a subida e a descida do rio. Entre as duas pontes principais foi construído um flutuante de apoio com seção retangular medindo 19 metros de comprimento por 6m de boca e 2m de pontal, além de um bloco de apoio de concreto entre estas duas pontes.

Devolução de recursos

O Governo do Amazonas devolveu, em maio do ano passado, R$ 10,8 milhões ao Dnit referente a  construção de nove portos no interior do Estado, dentre eles o de Manacapuru. À época, a Seinfra explicou que tratava-se de saldos dos convênios celebrados com o Governo Federal.

Do valor repassado pela União para a obra do terminal hidroviário de Manacapuru foram devolvidos ao Dnit R$ 1 milhão. Do convênio para o porto de Lábrea, que não foi construído, o governo devolveu R$ 3,5 milhões. Do terminal de Itacoatiara foram R$ 2,4 milhões; o de Coari (R$ 848 mil); o de Itapiranga (R$ 731,9 mil); o de Iranduba (R$ 729,5 mil); o de Careiro da Várzea (R$ 565,2 mil); o de Barreirinha (R$ 478 mil); o de Beruri (R$ 474,1 mil); e o de Boa Vista do Ramos (R$ 52,8 mil).

Do Acritica

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