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Vereador de Coari preso por estelionato é solto no interior do Amazonas

O vereador teve a prisão decretada após apresentar, na condição de advogado, um comprovante de pagamento de fiança falsificado, no valor de R$ 17,6 mil, em 2016, a favor de outro vereador.

Depois de ser preso acusado de estelionato, falsificação de documentos, coação, entre outros crimes, o vereador Aldervan Souza Cordovil (PTB), conhecido popularmente como “Doutor Adeva”, do Município de Coari (a 363 quilômetros de Manaus), pagou fiança no valor de R$ 21,8 mil e foi liberado na tarde de ontem após passar cinco dias na cadeia. Agora o político responderá as acusações em liberdade.

O valor da fiança, de acordo com o titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari, delegado Mauro Duarte, de R$ 43,7 mil foi reduzido após pedido do advogado do vereador à Justiça, para dois terços – R$ 21,8 mil.

O alvará de soltura foi concedido pelo juiz de direito plantonista, Fábio Lopes Alfaia, que concedeu o benefício da liberdade provisória, que inclui como condição que o vereador mantenha “o compromisso de comparecer a todos os atos processuais, sempre que intimado para tanto, não podendo mudar de endereço/residência ou ausentar-se da mesma por mais de 08 (oito) dias, sem a prévia comunicação e autorização deste Juízo”.

No dia 27 de março o vereador teve a prisão decretada após apresentar, na condição de advogado, um comprovante de pagamento de fiança falsificado, no valor de R$ 17,6 mil, em 2016, a favor do então vereador Márcio Almeida, que estava preso sob a suspeita de receptar uma motocicleta roubada. Mas somente no dia 29 de março, Adeva decidiu se entregar a polícia.

O parlamentar chegou a ameaçar o titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari, delegado Mauro Duarte, de que se o caso fosse revelado à imprensa iria divulgar um dossiê contendo supostas imagens e vídeos contra o policial.

Doutor Adeva atuou como defensor de Marcio Almeida em 5 de agosto de 2016, preso em flagrante por receptar uma motocicleta roubada, encontrada em seu sítio. “A fraude da fiança foi descoberta após o auto de prisão em flagrante de Márcio não ser homologada pela Justiça de Coari, e por consequência ele ter a prisão relaxada, e aí um outro advogado que acompanhava o caso – doutor Jalil, solicitou a devolução da fiança que supostamente teria sido paga. Ocorre que tanto o Banco do Brasil quanto a Sefaz informaram, por meio de documento ao doutor Jalil que o valor valor não havia sido recolhido, e o fato foi então registrado aqui na delegacia, pois fomos vítimas diretas”, contou o delegado na ocasião por telefone.

O fato foi relatado no Inquérito Policial nº 120/2016, concluído em 23 de fevereiro deste ano. No mesmo dia, o delegado Mauro estava viajando para Manaus, quando recebeu ligações e mensagens de texto do vereador Adeva, que passou a lhe ameaçar.

Reprise

Durante a investigação contra o vereador de Coari, Doutor Adeva, foi descoberto outros dois inquéritos policiais em que o político forjou dois comprovantes de pagamento de fiança, sendo um no valor de R$ 3,5 mil e outro de R$ 1,7 mil, em inquéritos independentes.

Do Acritica

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