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Zuma diz que não vai renunciar e que pressão de partido é ‘injusta’

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, rompeu o silêncio e falou nesta quarta-feira (14) à TV estatal de seu país sobre as pressões de seu partido para que ele deixe o poder.

Ele disse que não vai renunciar, que não fez nada de errado e que o Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês) não deu motivos que justifiquem sua saída. Classificou o pedido como “injusto” e criticou líderes do partido por conversarem com a imprensa e “incitarem os apelos por sua renúncia”.

“Não há nada que eu tenha feito errado”, afirmou. “Eu não acho que é justo, eu acho que é injusto [o pedido de renúncia]”, disse.

Zuma disse que achou “muito estranho” ter sido comunicado de que ele deve sair do cargo “porque teremos um novo presidente”. “Essa não é a política do ANC”, afirmou.

O presidente disse que propôs ao partido renunciar em junho, com o objetivo de criar um ambiente de “estabilidade e unidade” no país, e que inicialmente o partido concordou.

Nesta quarta-feira, o ANC anunciou que, se ele não renunciar, vai apoiar uma moção de censura contra ele no parlamento – a única maneira de tirá-lo do poder caso ele se negue a cumprir a decisão de seus colegas de sigla de sair do governo. A votação foi marcada para quinta-feira (15).

Depois da fala de Zuma, o ANC se pronunciou, dizendo que foi positivo ouvir que o presidente “não vai desafiar a ordem do partido” de deixar o cargo.

Corrupção

Zuma já enfrentou pelo menos outras oito moções de censura do parlamento, sendo que apenas a última foi realizada com voto secreto.

O presidente sul-africano é alvo de mais de 800 acusações por corrupção relativa a contratos de armas do final dos anos 1990 e é investigado por supostamente ter usado o Estado para favorecer empresários com concessões públicas milionárias.

Os diversos escândalos de corrupção em que está envolvido levaram o país a uma séria crise política.

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